Os dados foram transmitidos pelo chefe de departamento de comunicação institucional e imprensa da Direcção Nacional de Viação e Trânsito, superintendente-chefe Angelino Sarrote, que falava à imprensa à margem da cerimónia de abertura do ciclo de palestras sobre a sinistralidade rodoviária, promovido pelo Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), em parceria com o Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) e a Direcção Nacional de Viação e Trânsito.

"A situação é sim preocupante, porque morrem pessoas, apesar de em relação a igual período do ano passado termos uma redução, mas como morrem pessoas, isso é que nos preocupa, daí o reforço da capacidade institucional, para mudança de consciência das pessoas", destacou o responsável, no passada sexta-feira, 8.

Segundo Angelino Sarrote, citado pela agência Lusa, "a ultrapassagem irregular e o mau estado técnico dos veículos, associado a causas objectivas em determinados troços, como o mau estado das estradas, a falta de iluminação" são algumas das principais causas dos acidentes, com os atropelamentos a sobressaírem nas estatísticas.

Os números sobre a sinistralidade rodoviária nacional indicam também que as vias mais "mortíferas" são a Estrada Nacional (EN) número 100, a EN 230 e também a estrada que liga Lobito a Catumbela e Benguela.

"Guerra em curso nas nossas estradas"

O balanço negro "martela as consciências", assinalou o director nacional da Publicidade do Ministério da Comunicação Social de Angola, Filomeno Manaças.

"Nós temos uma guerra em curso nas nossas estradas. Vamos recusar as boas estradas porque estamos a ter mortes? Claro que não. Devemos nos ajustar ao progresso", considerou, defendendo o envolvimento de todas as forças vivas do país na redução dos índices de sinistralidade.

Refira-se que a sinistralidade rodoviária é a segunda causa de mortes em Angola depois da malária