Barnabé Raimundo, administrador municipal adjunto para área técnica e infra-estruturas, disse ao Novo Jornal que a administração de Viana já trabalha para o realojamento das famílias e que os loteamentos dos terrenos já foram aprovados.

"Os loteamentos vão ser entregues aos moradores que vivem próximos das ravinas, bacias de retensão e em casebres de beira de estrada, do Zango", salientou.

Segundo Barnabé Raimundo, o cadastramento das 18 mil famílias já foi feito e nos próximos dias serão entregues às populações identificadas.

"Vamos entregar esses lotes às famílias que vivem em zonas de risco, em condições péssimas de habitabilidade e que precisam de ser realojadas. E também para não perdermos mais vidas humanas", notou.

De acordo com este responsável, as zonas onde existem, os loteamentos estão aprovados e identificadas pela administração municipal de Viana.

"Temos dois loteamentos aprovados no Zango, um no distrito urbano da Baía e um outro no distrito urbano da Vila Flor. O cadastro das famílias já foi feito pelo Governo Provincial de Luanda (GPL) e pela administração municipal de Viana", explicou.

De acordo com Barnabé Raimundo, a maior parte da população que será reassentada brevemente, são famílias que vivem em casas de chapa junto à estrada principal do Zango 0 até ao Zango 4.

"Estas são as situações prioritárias que vamos atender na primeira fase, depois vamos atender outras pessoas que vivem em situação de risco noutras zonas do município", afirmou.

Barnabé Raimundo disse ainda que, nesta altura, a administração de Viana já trabalha com parceiros privados para a efectivação deste projecto, que considerou ser necessário.

Questionado se este programa vai abranger também as famílias que esperam há 10 anos por casas condignas prometida do GPL, o responsável respondeu que estas pessoas não serão enquadradas neste programa, por isso, vão continuar a esperar por uma resposta do Governo Provincial de Luanda.

De recordar que em Janeiro desde ano, o GPL retirou mais de 200 famílias, no Zango 1, das 1.034 retiradas em 2009 da Ilha de Luanda, devido às calemas, e os realojou em residências no Zango 4.

Na ocasião, o então governador provincial de Luanda, Sérgio Luhter Rescova, prometeu que o processo irá prosseguir este ano e que vai abranger as restantes famílias.