Este encontro tem como pano de fundo o programa continental de protecção e combate à desertificação denominado Grande Muralha Verde - Great Green Wall, que o NJOnline noticiou em Agosto do ano passado, que tem a sua principal marca a plantação de milhões de árvores e arbustos de grande porte na zona de transição do deserto do Saara e a região do Sahel.

Este projecto, uma iniciativa que envolve múltiplos organismos pan-africanos e globais, entre estes a União Africana e as comunidade sub-regionais e regionais de desenvolvimento, tem igualmente como alvo as restantes geografias africanas em risco de sustentabilidade e com os seus ecossistemas em rápido declínio.

Um desses pontos em destaque é a geografia a sul de Angola, onde, como o NJOnline tem vindo a noticiar há vários anos, como aqui ou ainda aqui, especialmente nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe, a seca prolongada tem coincidido com uma perda dramática de área verde devido ao abate indiscriminado e insustentável de árvores para exportação, especialmente para a China. Em muito casos de forma ilegal e através de esquemas que envolvem os países vizinhos, especialmente a Namíbia.

Segundo a Angop, o programa para os trabalhos nestes quatro dias, visa combater a pobreza e construir a resiliência para as alterações climatéricas, acesso aos serviços básicos da água, saúde e educação, segurança alimentar, diversificação de rendimentos, segurança civil e espaço para paz e conservação da biodiversidade.

Por detrás desta iniciativa estão, entre outros, os Secretariados da Comissão da União África e da Comunidade dos Países da África Austral, e o Governo angolano através do Ministério do Ambiente.