O Novo Jornal apurou que a detida assumiu, durante os interrogatórios, que teria a recompensa de 1,5 milhões de kwanzas após a comercialização do produto na cidade de Luanda.

O oficial do SIC-geral adiantou que a mulher, de nacionalidade angolana, foi intersectada à chegada ao território nacional quando estava a ser feito o controlo documental aos passageiros de um vôo proveniente do Brasil.

"Suspeita de transportar drogas, do tipo cocaína no seu organismo, ela (a mulher) confirmou que havia engolido 35 cápsulas de cocaína líquida", adiantou Manuel Halaiwa em declarações ao Novo Jornal.

Segundo o responsável pela comunicação do SIC-geral, após o desembarque e por suspeita devidamente fundamentada, a cidadã foi submetida à revista física em que foi confirmado que a mulher trazia, na região do tórax, "dissimulada em cinco pacotinhos com cápsulas, revestidos de fita-cola de cor preta, a cocaína, e uma outra embalagem de formato oval, também dissimulada, perfazendo o peso total de 571 gramas".

Manuel Halaiwa salientou que a suspeita já tem contactos com uma cidadã brasileira "com quem fez o esquema de compra do produto e caso fosse bem-sucedida, por conhecer bem o mercado, venderia a droga em Luanda, e após a venda, teria como recompensa um milhão e quinhentos mil kwanzas".

O responsável sublinhou que outra parte dos valores devia ser trocado em dólares norte-americanos, "para fazer chegar na suposta amiga residente na cidade de Guarulho, Estado de São Paulo, Brasil".

A suspeita será presente junto do magistrado do Ministério Público (MP) na próxima segunda-feira, dia 25 de Janeiro, para conhecer as eventuais medidas de coacção.