"A intenção dessas pessoas anónimas é criarem instabilidade para o nosso país, daí terem estimulado a prática de crimes em Angola, sobretudo em Luanda", disse Paulo de Almeida aos efectivos da Polícia Nacional durante uma formatura que serviu para felicitá-los pelo empenho demonstrado no período da quadra festiva.

O comissário-geral adiantou ainda que é um pouco estranho acontecerem estas tipicidades criminais em Luanda, porque às tais práticas não fazem parte do nosso costume nem da nossa cultura.

"Os cidadãos e os organismos do Estado devem contribuir para a segurança pública no país, uma vez que não há polícia nenhuma no mundo capaz de cobrir todas as acções dos criminosos", referiu.

Nas últimas semanas de 2019, com especial incidência em Luanda, o país foi palco de uma vaga de criminalidade de rara e extrema violência, nomeadamente em assaltos à saída de bancos onde as vítimas - foram vários os mortos, incluindo estrangeiros - tinham estado para levantar quantias significativas em notas, gerando um clima pesado de insegurança pública.

Paulo de Almeida sublinhou que a Polícia Nacional vai continuar a desempenhar o seu papel na sociedade de forma a prevenir e combater o mal.

"É importante que estejamos todos unidos para combater o mal e desencorajar todos aqueles cidadãos que insistem em praticar o mal", aconselhou, ressaltando que os cidadãos precisam de ser educados porque, alguns crimes ocorrem por falta de ensinamento e educação.

Por outro lado, Paulo de Almeida pediu desculpas à sociedade por alguns excessos cometidos por agentes no cumprimento do dever.

"Estamos conscientes que o trabalho não é fácil e que, muitas vezes, temos que ser determinados e sacrificados para cumprir com a nossa missão. Nesta ordem, têm ocorrido alguns excessos e incidentes por parte dos nossos agentes, pelo que pedimos as sinceras desculpas e garantimos que estamos com a nossa população", finalizou.