Esta informação foi transmitida à imprensa durante a cerimónia de abertura do Conselho Consultivo Alargado da Polícia Nacional, que decorreu nas instalações do Comando da Polícia de Cavalaria e Cinotécnia (CPCC).

"Estamos numa época de mudança geracional e muitos dos quadros que emergiram nas décadas de 1960 e 1970 e alguns no início dos anos de 1980, estão-se a despedir da actividade activa policial", disse o comissario, garantido que ao longo deste ano muitos efectivos da PN.

"Brevemente, ainda este ano, passarão muitos dos nossos colegas, a distintos níveis, à reforma num processo normal, lógico e pelo qual todos nos passaremos", explicou.

Acrescentou que na polícia, como órgão castrense, gostaria que fosse dada mais notabilidade e mais formalismo à cerimónia de passagem à reforma "destes bravos patriotas".

"Muitos destes quadros reformados, em nosso entender, deverão ainda ser aproveitados em programas económicos, sociais e até empresariais pela sua contribuição ao país", acrescentou Paulo de Almeida.

O comandante-geral fez saber ainda que no Comando-Geral da PN existe a consciência de que houve erros cometidos, deficiências e dificuldades encontradas no ano 2018.

"Assumimos o nosso papel e responsabilidades mas muita coisa precisamos corrigir, mas o mais importante foi ter-se conseguido conter e reduzir a tendência crescente do crime em Angola", disse, garantindo que por está razão o MININT convocou esta reunião logo no início do ano, para diagnosticar.

Na sua intervenção, Paulo de Almeida salientou que para o 2019 a Polícia Nacional pretende focar as suas maiores atenções na unidade, disciplina dos seus efectivos, na formação do pessoal a distintos níveis, na revisão e actualização de modelo de policiamento "quer seja nas zonas urbanas, periféricas, suburbanas, rurais", apostando "na reorganização do funcionamento e no atendimento nas esquadras e postos policiais".

Acrescentou que essa atenção vai ser colocada igualmente "na protecção e defesa do pessoal que no exercício da função de manter a ordem e tranquilidade públicas põe em risco a sua carreira profissional".

Paulo de Almeida reconheceu ainda que existe muita ansiedade da PN para ver aprovada a proposta do regulamento orgânico da Polícia Nacional, bem como do projecto da lei de base da PN e do estatuto do polícia porque "são instrumentos valiosos e necessários para uma boa gestão e controlo de toda organização e funcionamento da polícia".

"No momento actual precisamos de melhorar a nossa estrutura funcional para sermos mais eficientes e pró-activos. Precisamos definir bem o nosso papel, lugar e competência", clarificou.

"Os actuais instrumentos normativos e jurídicos que regem a nossa actividade já não dão respostas às nossas preocupações", lamentou, sublinhado que conselho vai também aproveitar para avaliar o desenvolvimento da Operação Regaste nos próximos dias.

"Vamos incrementar esta actividade, depois de termos feito um defeso para cumprimos a missão e assegurar a quadra festiva, sabemos de algumas desobediências e retornos, mas garanto que vamos por ordem nos próximos tempos", finalizou.