O homem, de 82 anos, regressou ao país em Fevereiro, proveniente de Portugal, numa altura em que aquele país não tinha casos de covid-19, informou o secretário de Estado para a Saúde Pública durante a habitual conferência de imprensa para actualização dos dados sobre a pandemia.

Quanto à enfermeira, de 25 anos, seu estado clínico é considerado estável, declarou Franco Mufinda, que transmitiu também que as autoridades sanitárias estão a investigar o caso do óbito para determinar se o País está perante o primeiro caso de contaminação comunitária.

Com estes novos casos, o País passa a contar com 50 registos positivos, três dos quais resultaram em morte.

O Instituto de Investigação em Saúde testou, até ao momento, 6.005 amostras, das quais 50 foram confirmadas como positivas, 6.008 negativas e 547 estão em processamento.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos, mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.