Os infectados têm entre os cinco e os 67 anos, sendo dez do sexo feminino e cinco do sexo masculino.

Dez dos casos são de transmissão local, informou Franco Mufinda, acrescentando que estão relacionados com casos da Clínica Multiperfil e do Bairro Hoji Ya Henda e com outros casos existentes.

Cinco dos casos juntam-se aos 15 já existentes cuja origem da infecção está por definir e foram detectados durante uma colheita aleatória de 150 amostras, em cinco hospitais nacionais e três clínicas privadas, tendo em conta a orientação de testagem dos contactos de casos positivos durante o período de quarentena e o rastreio de doenças respiratórias agudas graves ou agravamento de síndrome respiratório, esclareceu Franco Mufinda.

Com estes 15 novos casos, Angola contabiliza 212 infectados. Desde o início da pandemia já morreram dez pessoas. Permanecem 121 casos activos e 81 foram considerados recuperados.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.