Durante a habitual actualização diária da Covid-19 em Angola, o porta-voz da comissão técnica avançou que o País conta, nas últimas 24 horas, com mais três casos, duas pessoas do sexo feminino, com 35 e 27 anos, moradoras em Belas e Maianga, em Luanda, ligadas à cerca sanitária da Clínica Multiperfil, sendo ambas profissionais de saúde, e um homem de 37 anos, morador no KIlamba KIaxi.

Os três novos casos confirmados da Covid-19 são todos de transmissão local.

Nesta nova actualização de dados sobre a pandemia em Angola, Franco Mufinda explicou que foram accionados os mecanismos usuais de procura dos contactos directos e secundários destes três novos pacientes dos centros nacionais de tratamento.

Mas, saliente nesta comunicação ficou a questão dos nove casos que não se sabe se são de transmissão local ou se se configuram como registos de transmissão comunitária, o que, a verificar-se, exigira, provavelmente, um novo conjunto de medidas porque isso significaria que o coronavírus que provoca a Covid-19 já está a circular de forma livre na comunidade, pelo menos em Luanda.

O País conta agora com 189 casos, 10 óbitos, 77 recuperados e 112 activos, com 124 de transmissão local.

O governante sublinhou ainda o aumento substancial de casos nas últimas duas semanas, período no qual foi somado um total de 91 casos,

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.