Orlando Bernardo informou ainda que o Ministério do Interior colocou vários meios para que os cidadãos possar denunciar comportamentos impróprios dos agentes.

"Todos os órgãos do Ministério do Interior estão preparados para receber denúncias dos cidadãos sempre que haja excesso por parte dos efectivos envolvidos na operação", disse.

"Os canais de denúncias estarão abertos pelo Facebook e pelo Whatsapp, nas páginas da PN", referiu, acrescentando que "todas as denúncias terão um procedimento específico", e apelando à população para que colabore com a polícia.

"Volto a dizer a todos os cidadãos: não fujam, não temam, denunciem más práticas ... porque nós, polícias, queremos contar com a colaboração dos cidadãos".

Segundo o comissário, "todas as denúncias serão verificadas e avaliadas, e, se forem comprovadas, obviamente que quem cometeu esses excessos será responsabilizado civil, criminal e disciplinarmente".

O também porta-voz do Comando Geral da Polícia Nacional solicitou aos órgãos de comunicação para continuarem a fazer esta campanha de sensibilização e mobilização dos cidadãos, no sentido de que, "quando começar a "Operação Resgate", haja compreensão por parte dos cidadãos sobre o que vai acontecer".

A propósito das últimas notícias, que dão conta das operações que têm atingido os vendedores ambulantes, que têm nesta forma de comércio o seu sustento, bem como o das suas famílias, o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Comando Geral da Polícia Nacional disse que a venda ambulante vai continuar, desde que seja feita nos locais indicados pelas autoridades administravas.

A "Operação Resgate", que está previsto começar no dia 6 de Novembro, foi apresentada esta terça-feira pelo Ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, que referiu que "o nome da operação foi pensado por que há a necessidade de se resgatar a autoridade do Estado, que tem sido ferida aqui e ali, alterando condutas e comportamentos que acabam por ter implicações no domínio da segurança pública".

Segundo Veiga Tavares, "o objectivo desta operação tem como metas o reforço da autoridade de Estado a todos os domínios, a redução dos principais factores provocadores da desordem e da insegurança, a redução da violência urbana mediante o incremento da acção preventiva, o aperfeiçoamento dos mecanismos e instrumentos para prevenção e combate à emigração ilegal, a redução dos níveis de sinistralidade rodoviária e melhoria da circulação rodoviária, e a proibição de produtos não autorizados em mercados informais".