Ao fim de vários dias de destruição das colheitas das comunidades namibianas junto à fronteira angolana, os três elefantes forma, finalmente, segundo a imprensa namibiana, expulsos do país, com regresso forçado por mau comportamento, como o prova o facto de os animais terem sido perseguidos pelas populações afectadas.

O The Namibian conta que a destruição de colheitas foi de tal modo grave que os agricultores, de forma incomum, manifestaram uma atitude hostil para com os paquidermes angolanos, gerando nestes uma agressividade igualmente anormal.

Foi perante este cenário, de perigo iminente para os animais e para as pessoas, que equipas do Ministério do Ambiente namibiano se deslocaram à região e conseguiram, no início da semana, fazer com que os animais regressassem a Angola.

"Foi um problema empurrar os elefantes para Angola porque eles se tornaram violentos devido à perseguição a que foram sujeitos pelas populações a quem destruíram colheitas agrícolas", disse o sargento da polícia Abner Kaume Iitumba ao jornal namibiano.

Os três elefantes estão agora em território angolano, na província do Cunene, mas nada garante que por ali se mantenham tendo em conta que se trat5a de animais habituados a percorrer longas distâncias para se alimentarem, não reconhecendo limites fronteiriços, sendo do conhecimento geral que estes animais se deslocam amiúde entre os dois países.

Os recentes estudos sobre os elefantes em Angola apontam para o crescimento das populações nas províncias do Sul do país, nomeadamente no Cunene, Kuando Kubango e Huíla.

Só no Kuando Kubango foram registados em 2016 mais de três mil animais, sendo ainda um facto que, após o fim da guerra, os elefantes, mas também outras espécies selvagens, estão lentamente a reocupar os territórios de onde fugiram devido à caça intensa e às movimentações militares.