A informação foi transmitida pelo presidente do conselho da administração da EPAL, Leonídio Ceitas, que falava na cerimónia de lançamento da construção de quatro novos centros de produção e distribuição de água em Luanda, ocorrida na passada terça-feira.

Segundo o responsável, o projecto de criação de uma Academia Africana das Águas traduz "um compromisso que Angola tem no sentido de os quadros africanos terem também um instituto de excelência", onde poderão formar os seus profissionais.

"Estamos a criar condições de os jovens assumirem posições no conselho de administração", antecipou Leonídio Ceitas, citado pela Angop.

A par da capacitação dos quadros através da Academia - iniciativa que prevê um investimento equivalente a 40 milhões de dólares e pretende beneficiar especialistas angolanos e de toda a África Austral - a melhoria do sistema de fornecimento de água no país passa pela expansão da rede de centros de produção e distribuição.

Os esforços do Executivo pretendem quebrar o ciclo de carência que se vive no sector das águas, com Angola a integrar a lista dos três piores países do mundo no acesso ao "líquido precioso".

O ranking, elaborado pelo Conselho Mundial da Água, reflecte a dura realidade nacional: apenas 48% da população tem acesso a água potável.