"Temos conhecimento de que Carlos Raimundo Alberto é membro do SINSE, e que o próprio conselheiro confirmou publicamente essas informações, embora tenha referido que o seu relacionamento deixou de existir", disse ao Novo Jornal Paulo Mateta, porta-voz da ERCA.

Na reunião de hoje, o conselho directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana decidiu suspender, a título excepcional, de todas suas actividades, Carlos Raimundo Alberto, indicado pela UNITA em 2017 para o conselho directivo da ERCA, até que este "esclareça de forma convincente e oficial" a situação.

Entretanto, o Novo Jornal soube que Carlos Aberto preferiu abandonar a reunião desta quarta-feira quando o conselho directivo discutia ainda o assunto.

Enquanto decorria a reunião, Carlos Alberto publicou uma nota no seu facebook em que afirma que tinha acabado de ser suspenso da ERCA, e que o conselho directivo exigiu que ele justificasse a sua ligação ao SINSE.

"Adelino Marques de Almeida pretendia que eu justificasse o meu passado no SINFO/SINSE, em plena reunião do conselho directivo, por eu ter assumido publicamente que fui de facto dos Serviços Secretos de Angola num passado recente, o que, segundo a sua perspectiva, é uma situação de incompatibilidade de acordo com a Lei da ERCA", referiu Carlos Alberto, acrescentado que a Lei da ERCA não questionou o passado de nenhum outro conselheiro.