Segundo Ângelo Filipe, a dívida acumulada da empresa ascende a 60 mil milhões de kwanzas e, deste valor, "mais de metade é dos organismos do Estado".

"Portanto, há aqui um problema muito grave que ainda temos que atravessar, porque se de um lado cobramos, do outro há entidades que não nos pagam", disse o responsável à Rádio Nacional.

O director comercial da empresa pública, que anunciou, para breve, uma campanha de corte de água aos clientes devedores, assumiu que a capital ainda tem um défice de aproximadamente 350.000 contadores.

"Hoje em dia a aquisição e instalação de um contador e a respectiva mão-de-obra custa cerca de 30.000 kwanzas", disse Ângelo Filipe, que a "primeira preocupação" da EPAL é resolver esse défice mas que "a empresa não está em condições de fazê-lo".

"Estamos a ver que será um investimento na ordem dos 5.000 milhões de kwanzas", referiu.