Lídia Onde não compareceu na noite da consagração dos melhores da comunicação social em Angola, em 2019, por razões de saúde, mas esteve representada por um dos seus familiares, que recebeu das mãos do ministro da Comunicação Social, Nuno dos Anjos Caldas Albino "Nuno Carnaval", uma estatueta e um cheque avaliado em 2,5 milhões de kwanzas.

A fotógrafa disse ao NJOnline que o troféu representa o reconhecimento dos seus 11 anos de carreira no jornalismo.

"A princípio não esperava que fosse eu a vencedora. Fiquei surpresa e feliz com a distinção por saber que o meu trabalho é reconhecido, porque muita gente pensa que fazer fotografia é simples, mas, na verdade não é. E quando o fazemos com profissionalismo as pessoas acabam por notar e foi o que aconteceu no meu caso", disse.

A foto que consagrou Lídia Onde foi feita em Outubro do ano passado, numa reportagem na Ilha de Luanda, sobre 39 estudantes e seis professores, provenientes do município de Viana, que depois de terminarem uma visita ao Memorial Dr. António Agostinho Neto, se deslocaram até à praia da Ilha de Luanda. Já na Ilha, as crianças decidiram entrar na água onde três delas acabaram por ser surpreendidas pelas ondas e foram arrastadas para o mar. Um dos professores, na tentativa de salvar as crianças, acabou por ser também vítima de afogamento.

Para além de Lídia Onde, na fotografia, foram igualmente premiados os jornalistas das Edições Novembro, Rosalina Mateta e Osvaldo Gonçalves, na categoria de Imprensa, o jornalista Barros Gabriel, da Rádio 5, na categoria de Rádio, Cabingano Manuel, da TPA, e Carlos Capitango, da TV Zimbo, foram os consagrados na categoria de Televisão.