A cerimónia foi presidida pelo vice-governador de Luanda para a área económica, Júlio Bessa, que entregou o primeiro cartão.
"Vamos continuar do lado daqueles que cumprirem a lei e apelamos àqueles que ainda não aderiram ao processo de credenciamento, que se inscrevam, para que futuramente possam desenvolver de forma legal as actividades comerciais", disse o responsável.
Os primeiros utilizadores do cartão de vendedor são ambulantes da periferia do Mercado dos Congoleses que se cadastraram nas respectivas administrações distritais,

O processo de legalização dos vendedores ambulantes está a decorrer em todos os distritos urbanos da cidade de Luanda, informou Antónia Nelumba, presidente da Comissão Administrativa de Luanda, também presente na cerimónia, esclarecendo que numa segunda fase serão credenciadas as vendedoras que exercem as actividades dentro dos mercados locais.

Antónia Nelumba informou ainda que o GPL vai criar feiras periódicas para os ambulantes, no âmbito dos esforços destinados a disciplinar a venda em espaços públicos.

A presidente da Comissão Administrativa de Luanda disse que já foram identificados alguns locais para a realização dessas feiras, tais como os Largos Mané, no bairro Neves Bendinha, da Santana, do Soweto, no Rangel, e o do Baleizão, Baixa da cidade de Luanda.

"As feiras vão ser realizadas duas vezes por mês e com produtos seleccionados", anunciou.

Antónia Nelumba, que referiu que o GPL " está numa fase de sensibilização e moralização dos vendedores para que cooperem com as autoridades, respeitando os horários e locais indicados", apelou aos vendedores ambulantes para que façam a credenciação nos distritos ou comunas onde residem, acrescentando que as pessoas só poderão exercer a actividade na circunscrição onde estiverem credenciadas.
"É necessário organizar o sector comercial, mas para que isso aconteça é preciso a participação activa da população, em particular dos que exercem a actividade comercial", disse.

De recordar que no princípio do mês de Outubro, o Governo anunciou que, até ao fim do ano, os vendedores ambulantes estarão identificados e terão locais específicos para exercerem a actividade "à luz das normas" do Regulamento sobre o Comércio Ambulante aprovado pelo Conselho de Ministros.