Hemodiálise «nas mãos» de privados custa 11 mil milhões Kz ao Estado
Mais de mil cidadãos estão inseridos no programa de hemodiálise em todo o país, que visa garantir um melhor atendimento aos pacientes com insuficiência renal (doença provocada pela diminuição progressiva da função dos rins). Em média, cada paciente em programa de hemodiálise realiza três sessões por semana, sendo que por cada sessão o Estado paga por doente até 80 mil kwanzas, o que totaliza 960 mil kz por mês, significando anualmente 11,5 milhões por doente.
Alguns centros de hemodiálise que funcionam dentro dos hospitais públicos (Américo Boavida, Maria Pia, Hospital do Prenda, Hospital Regional do Huambo e o Hospital de Benguela) são geridos por entidades privadas, como resultado de uma parceria público- privada entre o Governo e as empresas RCA & DLA, Lda. e a Pluribus África, esta última detida por Eugénio Manuel da Silva Neto, médico e patrono da LS Produções, e Manuel Vicente Inglês Pinto, antigo bastonário da ordem de advogados de Angola, como atesta o Diário da República de 20 de Março de 1998.