O suspeito chegou a fazer participação numa esquadra policial dando conta do desaparecimento da mulher e da filha, afirmando que estas supostamente teriam sido raptadas.

Segundo o SIC-Luanda, o móbil do crime está por apurar, mas o suspeito, acusado de duplo assassinato, agressões físicas e ocultação de cadáver, já está detido no Comando Municipal do Kilamba Kiaxi da Polícia Nacional (PN).

As preocupações sobre o desaparecimento de Isabel Tomás, de 28 anos, e da sua filha bebé de apenas dois anos, surgiram depois de alguns familiares não terem notícias destas desde o dia 24 deste mês. O marido, de 35 anos, disse às autoridades policiais que a mulher e a filha estavam desaparecidas, mas era mentira. O homem terá assassinado a esposa e a filha por asfixia e depois meteu os corpos no interior de um tanque cheio com água e chegou a conviver com as vítimas em casa durante três dias, soube o Novo Jornal de fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC) Luanda.

"A polícia decidiu ir à casa do acusado, no bairro do Calemba II, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, no dia 27 deste mês, após receber várias chamadas de familiares preocupados. Confrontado pela polícia sobre onde estavam a mulher e a filha, o suspeito disse que estavam desaparecida e que supostamente teriam sido raptadas", relata a fonte.

O SIC acrescentou que o homem não confessou até ao momento como terá assassinado a esposa e a filha "e continua a negar a autoria do duplo homicídio", disse a fonte, esclarecendo que o suspeito é acusado de duplo assassinato, agressões físicas e ocultação de cadáver.

A equipa do Laboratório Central de Criminalística (LCC), segundo avançou a mesma fonte, vai realizar as autópsias para determinar a causa da morte da mãe e da filha.

"Os médicos nomeados para este caso, tão logo termine a realização da autópsia, vão divulgar um relatório preliminar, revelando a causa das mortes de mãe e filha", afirmou.

De acordo com a fonte, o casal tinha um relacionamento marcado por discussões. Cinco dias antes do desaparecimento de Isabel Tomás, a mesma tinha reunido os seus familiares "e chegou alertar para o terror que vivia com o marido, contando que já tinha feito duas queixas-crime de agressões físicas contra o marido no posto policial do Calemba II, mas o marido nunca chegou a ser intimado", referiu.