Segundo o porta-voz do SIC-Luanda, Fernando de Carvalho, a detenção do acusado ocorreu no âmbito da intensa investigação em torno do desaparecimento de Celiza Menezes Dos Santos, de 52 anos, também conhecida por "Guida", e de Carlota Garcia, de 43 anos, desde o dia 26 de Julho deste ano, por volta das 16:00.

"O alegado homicida convidou as duas cidadãs a deslocarem-se à sua residência devido a um suposto aborto realizado por estas (ambas enfermeiras de profissão) à sua esposa sem o seu consentimento", disse o oficial em declarações ao NJOnline.

O responsável acrescentou que o alegado homicida terá ficado furioso com a situação porque sentia a ansiedade de ver nascer o seu primogénito.

"Ele (o presumível homicida) decidiu então agredi-las de forma brutal, utilizando para o efeito um instrumento contundente (martelo), desferindo golpes que provocaram morte imediata às mulheres", afirmou.

Fernando de Carvalho salientou que a participação do desaparecimento das duas enfermeiras foi feita por um familiar de uma das vítimas.

"Das investigações levadas a cabo ao longo deste período, foi possível localizar e deter o cidadão no dia 12 deste mês, cerca das 16:00", disse, acrescentando que o homem está ser indiciado pela prática dos crimes de ocultação de cadáver e de danos materiais concorrido com roubo.

"Para o homem se desfazer dos cadáveres, após consumar o acto, amarrou-as com uma corda, escavou um buraco no quintal da sua residência, e enterrou-as".

"De salientar que as vítimas se faziam transportar numa viatura de marca Hyundai, modelo I10, cor preta, que após a consumação do ilícito e para ser-se livre do veículo, atendendo ser mecânico, desmanchou-o completamente, comercializando o motor e o chassy, ficando em sua posse os restantes acessórios", explicou.

O porta-voz disse ainda que o SIC apreendeu no local do crime um martelo, uma pá utilizada na escavação, o bilhete de identidade de uma das vítimas, os documentos da viatura, bancos, portas, faróis, rádio, tejadilho e tapetes.

De recordar que as duas enfermeiras trabalhavam nos hospitais Ana Paula e Mamã Jacinta, ambos em Viana.