Da lista publicada na quarta-feira, 23, pelo INAGBE, 183 bolsas ficaram vagas porque os candidatos não apresentaram requisitos suficientes para o efeito e outros não tiveram bom desempenho académico, mas, ainda assim, esse número é superior aos seleccionados aprovados em 2019, que foi de 68.

Ao Novo Jornal, o director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), Milton Chivela, disse que, apesar da adesão, muitos candidatos concorrentes não tiveram classificação para o efeito e que o número de candidatos que reuniu requisitos para participar no processo foi abaixo de 250.

"O ano passado só aprovaram 68, apesar de o plano ser para enviar até 300 bolseiros anualmente. Este ano, infelizmente, não chegamos aos 300 porque o número de candidatos ficou longe disso", disse o responsável, acrescentando que "nem todos os candidatos conseguem cumprir com os requisitos exigidos pelas universidades do top mundial".

Milton Chivela, explicou que não é o INAGBE quem assegura a inserção dos estudantes nas melhores universidades do mundo, mas sim o próprio candidato.

"Ele é que tem que ter aceitação de uma dessas universidades. Há duas maneiras de se candidatar nesse programa, uma é tendo já a carta de aceitação, o que significa que está isento de quaisquer testes, a outra é fazer a candidatura e aprovar neste programa e depois fazer uma candidatura numa das melhores universidades do mundo e ser admitido", explicou.

O responsável pelo Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo, salientou que o papal do Estado, através do INAGBE, é somente financiar os estudos e fazer a gestão académica dos estudantes enquanto bolseiros.

"O mérito para que o candidato entre numa das melhores universidades do mundo é completamente dele e não do Estado, é só por ele ter esse mérito e nos apresentar a carta que essas universidades do top 600 dos rankings mundiais passam é que tem o financiamento do Governo", referiu.

Da lista dos 117 candidatos aprovados, que o Novo Jornal teve acesso, a maioria são dos cursos de engenharia, nas mais variadas especialidades, seguido pelos cursos de ciências socias e da saúde.

Entretanto, Milton Chivela avançou que o processo de selecção dos estudantes bolseiros para as melhores universidades do mundo, está agora concluído.

O director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo não avançou ao Novo Jornal o nome do País que irá receber o maior número de estudantes.

Uma fonte do processo assegurou ao Novo Jornal que as universidades como Oxford, Stanford, Cambridge e Harvard serão, no entanto, destino de muitos estudantes aprovados neste programa.