Este ano, o IGF aponta para uma situação global marcada pela existência de fome muito grave em 50 países, com destaque para a situação severa no Chade, em Madagáscar e ainda em Timor-Leste, bem como na RDC, Burundi, Sudão do Sul, Síria e Iémen, entre outros.

Segundo este documento, que é publicado pelo norte-americano Instituto de Pesquisa Internacional para as Política da Alimentação (IFPRI), pela ONG alemã Welthungerhilfe e pela agência humanitária e de apoio ao desenvolvimento irlandesa Concern Worldwide, Angola tem uma situação grave no que diz respeito à fome, estando acompanhada neste grupo, segundo a Lusa, por países como Moçambique, Paquistão, Índia, Coreia do Norte e Afeganistão.

Apesar de este ano estar claro, na análise a este documento, que a fome tem diminuído progressivamente desde 2020, mas com áreas geográficas onde o problema está longe de estar resolvido, abrangendo mesmo as carências alimentares mais de 690 milhões de pessoas, estando as crianças entre os grupos etários mais sacrificados, com quase 150 milhões a evidenciarem sinais de fome crónica, quase 50 milhões fome aguda, sendo a fome a causa de morte de vários milhões de menores de 5 anos todos os anos.

África e a Ásia Central e do Sul são das geografias mais afectadas por este problema, que a ONU colocou entre as prioridades para os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio.

A pandemia da Covid-19 é apontada como um dos principais factores que este ano estão a fomentar os elevados níveis de fome registados, por exemplo, na África Subsaariana e pode mesmo, aponta o IGF, contribuir para um ainda maior retrocesso no progresso que estava a ser conseguido no combate global a este flagelo.