Esta acção, que tem uma comissão de coordenação expressamente criada para o efeito pelo Presidente da República, vai prolongar-se por 45 dias e abrange toda a província de Luanda, com especial foco nas zonas urbanas da cidade.

O objectivo é claro: Reforçar o trabalho do governo da Província de Luanda na extinção dos grandes focos de lixo.

A iniciativa foi anunciada ontem, sexta-feira, pelo coordenador executivo da comissão, o secretário de Estado para a Proteção Civil e Bombeiros do Ministério do Interior, Eugénio Laborinho, no final de um encontro com líderes religiosos e administradores municipais.

Eugénio Laborinho disse que os trabalhos, além do envolvimento de elementos das Forças Armadas, Polícia Nacional, Proteção Civil e Bombeiros, Serviços Prisionais e de Migração, igrejas, associações juvenis e voluntários, contarão também com o apoio de várias empresas.

"Em todos os países do mundo, as forças de defesa, segurança e ordem interna, nesses momentos, aparecem e por isso estão mobilizadas para minimizar o luto e o sofrimento que o lixo está a causar à nossa população", disse Eugénio Laborinho

A comissão, prosseguiu, tem como tarefa mobilizar as forças de defesa, segurança e ordem interna para, em 45 dias, melhorar o saneamento básico da província de Luanda, que atravessa nos últimos meses índices elevados de casos e mortalidade por várias doenças, sobretudo malária e febre-amarela.

Aos amontoados de lixo (originados por graves falhas, já reconhecidas, dos serviços de recolha) têm-se vindo a juntar grandes concentrações de água na via pública, na sequência das fortes chuvadas que se têm abatido sobre a cidade.

Esta associação tem sido apontada por especialistas em saúde pública como principal responsável pelos elevados surtos de malária, febre-amarela e diarreias que assolam actualmente a capital, contribuindo decisivamente para o aparecimento de mosquitos, os principais vectores na transmissão de algumas destas doenças, responsáveis pela morte de dezenas de pessoas nas últimas semanas.

A comissão é coordenada pelo ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, e integra o segundo comandante do Exército, Gouveia de Sá Miranda, os administradores municipais e distritais e os presidentes das centralidades do Kilamba e do Sequele.

A campanha foi desenvolvida pela Comissão Nacional de Protecção Civil.