A manifestação está relacionada com a Proposta de Lei de Repatriamento de Recursos Financeiros Domiciliados no Exterior do País, de iniciativa do Presidente da República, e o Projecto de Lei do Regime Extraordinário de Regulação Patrimonial, proposto pela UNITA, o maior partido da oposição.

A proposta promovida pelo Executivo permite repatriar depósitos no exterior sem fazer perguntas sobre a origem do dinheiro e não tem preocupação sobre o património, enquanto a da UNITA prevê o pagamento ao Estado de uma taxa de 45% sobre o total.

Na proposta levada à Assembleia Nacional pelo Executivo, os angolanos com depósitos superiores a 100 mil dólares no estrangeiro e não declarados vão ter seis meses para fazer o seu repatriamento para Angola sem estarem sujeitos a qualquer investigação criminal, tributária ou cambial.

Já o projecto da UNITA estabelece que os recursos patrimoniais, transferidos ou mantidos no exterior ou no interior do país, não declarados, originários do país, por pessoas físicas ou jurídicas, deverão ser devidamente declarados ao Estado e ser alvo de uma contribuição extraordinária.