Marcelina Manuel João, de 24 anos, era fiscal do Mercado do Asa Branca, e, segundo fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC), na tarde de domingo, 30, pediu ao seu colega de trabalho que a ajudasse a encontrar alguém que a ajudasse a interromper a gravidez de três meses.
"Ele (o colega da vítima) falou com a namorada para arranjar alguém que pudesse ajudar a tirar a gravidez da sua colega de trabalho porque a mesma não queria ter este filho", disse a fonte oficial do SIC-Cazenga ao NJOnline.

"A namorada do colega da Marcelina levou a vítima a uma suposta quimbandeira para interromperem a gravidez".
"Ela (a quimbandeira) disse à Marcelina que todo tratamento custava 15 mil Kwanzas, a vítima disse que só tinha cinco mil kz, mas que pagava o resto quando o trabalho estivesse concluído. A vitima ficou nua e deitou-se numa cama por orientação da quimbandeira", explicou.
"A quimbandeira introduziu paus na vagina da vítima com o argumento de que se tratava de paus da cura e que deviam resolver a situação da Marcelina", contou o SIC, que acrescentou que a mulher saiu a sangrar e sem força e se deslocou até à residência dos seus pais.
"Durante a noite de domingo, a irmã mais velha da vítima notou que a sua irmã estava pálida e fraca. A vítima, com medo de morrer, pediu que a levassem ao hospital onde acabou por perder a vida quando chegou", afirmou o efectivo do SIC.

A quimbandeira e a namorada do colega da vítima foram detidas na noite desta segunda-feira e encontram-se em prisão preventiva.

Marcelina Manuel João, que deixou orfã uma criança de quatro anos, será sepultada amanhã, 6, no Cemitério da Mulemba.