A informação foi avançada pelo responsável da instituição, Garcia Costa, que explicou que a situação está a criar dificuldades no que respeita à garantia dos cuidados primários de saúde às populações, sobretudo às que dependem dos centros e postos de saúde na periferia do município.

"Não havendo dinheiro, temos dificuldades em garantir fármacos e reagentes para essas unidades, bem como a realização de campanhas de fumigação para o combate ao mosquito transmissor da malária", disse.

"Não temos sido contemplados desde Junho com os duodécimos para os centros e postos de saúde, mas acredito que assim que possível a situação será ultrapassada para o bem das nossas comunidades", referiu.

No primeiro semestre deste ano foram registados 38 730 casos de malária em menores dos zero aos 14 anos, pela repartição municipal da saúde de Benguela, o que equivale a mais 7 494 casos em relação ao último semestre de 2017.

Segundo Garcia Costa, 78 destes casos resultaram em mortes.

A falta de tratamento preventivo e de saneamento básico do meio são apontadas pelo responsável como as causas principais do aumento de casos da doença na região.

Com mais de 513 mil habitantes, o município de Benguela possui 37 unidades sanitárias públicas, sendo oito centros de saúde, 28 postos médicos, um hospital municipal e um hospital geral.