Devido ao forte impacto do embate, as paredes do edifício do Cofre de Previdência da Polícia Nacional desabaram em cima da viatura tanque dos Bombeiros, tendo causado a morte imediata a dois dos ocupantes que ficaram encarcerados nas ferragens do carro. Do acidente resultaram ainda cinco feridos.

As sete vítimas ficaram encarceradas, todos ainda com vida, após o desabamento da parede, e a população, sem meios de resgate, ainda tentou socorrê-las, enquanto aguardava pela chegada ao local dos colegas da corporação.

Segundo testemunhos, que reportaram o caso à TPA, a equipa dos bombeiros que se fez ao local não tinha meios para efectuar o tão necessitado resgate.

"Lamentavelmente, os bombeiros nem sequer tinham uma reparadeira, nem equipamento hidráulico para retirar os seus colegas que se encontravam encarcerados", expuseram as testemunhas, acrescentando que "os dois mortos não resistiram aos ferimentos e faleceram ainda antes do resgate".

O porta-voz nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Faustino Minguês, em declarações a NJOnline, reconheceu que o modo como se procedeu o desencarceramento não foi apropriado, mas que, internamente, os Serviços de Protecçao Civil e Bombeiros vão poder corrigir práticas do género.

Segundo Faustino Minguês, uma equipa de Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, encabeçada pelo 2º comandante nacional, José Horácio da Silva, descolou-se esta manhã à cidade do Namibe para apurar as reais causas no local.

As cinco vítimas dos bombeiros, assim como os dois ocupantes da carrinha, ainda continuam a receber assistência médica no Hospital Ngola Kimbanda.

Helena Ande, médica do hospital, disse à Angop, que os feridos estão estáveis, apenas um paciente do Corpo de Bombeiros se encontra na sala.