Esta ponte é elo de ligação entre a Rua Olímpio Macuéria, que sai do Hospital Sanatório de Luanda e desemboca na estrada Machado Saldanha, ao distrito urbano do Neves Bendinha, e serve também os bairros Golf, Popular e Cassequel.

Numa visita ao local, o NJOnline apurou que parte das chapas chapas de zinco colocadas pelos técnicos do Governo da Província de Luanda para vedar a zona já foram roubadas devido à ausência de uma empresa responsável pelo andamento da obra.

Entretanto, a vedação e a ausência de policiamento na zona, sobretudo à noite, fizeram com que o recinto servisse de refúgio de marginais que atormentam a vida dos moradores, situação já superada devido à presença constante de agentes da polícia naquele período.

Mas as queixas dos moradores não se limitam à segurança, como constatou o NJOnline no local.

"Só queremos que venham reabilitar esta ponte. Sou doente e faço as minhas consultas no Hospital Sanatório, e tenho que dar muitas volta para lá chegar enquanto antes fazia o trajecto em menos de 15 minutos", disse Ângelo António, morador.

Outros residentes contaram que acreditaram que a reposição da ponte seria breve, face à visita ao local da mais alta figura do Governo Provincial de Luanda, que na altura prometeu a pronta intervenção das autoridades na restituição da mesma.

"Na altura do desabamento da ponte, o governador de Luanda, Sérgio Luther Rescova, afirmou à imprensa que a ponte seria reposta em dois meses, mas até ao momento os trabalhos não começaram e ficamos sem perceber", narraram.

Alguns automobilistas, sobretudo taxistas, contaram ao NJOnline que o atraso das obras da ponte da rua Olímpio Macuéria, que desabou no passado mês de Fevereiro, em consequência das chuvas, está a criar vários transtornas na circulação automóvel, uma vez que o interior do bairro não oferece condições.

"Se reabilitassem as ruas alternativas, nós circulávamos a vontade, mas infelizmente somos obrigados a ficar horas no engarrafamento porque as ruas que deveriam facilitar o trânsito automóvel estão em péssimas condições", desabafaram os automobilistas.

Entretanto, para permitir a circulação rodoviária, a administração municipal do Kilamba Kiaxi criou uma rua alternativa, com desvio na rua A do Palanca até à Machado Saldanha, passando pelo parque Augusto Ngangula.

De recordar que em Fevereiro, último, o director do Gabinete Provincial dos Serviços Técnicos e Infra-Estruturas do Governo Provincial de Luanda (GPL), Osvaldo do Amaral, disse, no acto do desabamento, que a obra da vala de drenagem, que passa pela ponte que desabou, se encontrava paralisada por motivos financeiros e que o empreiteiro encarregado pela construção retomaria os trabalhos para a reabilitação da mesma.

Segundo o director Gabinete Provincial dos Serviços Técnicos e Infra-Estruturas do GPL, a reabilitação da ponte levaria entre quatro a seis semanas, coisa que ainda não aconteceu.