A decisão saiu esta sexta-feira, 18, de uma assembleia geral ordinária de trabalhadores, que reivindicam, entre outras, a actualização do estatuto remuneratório, promoções de carreira e melhores condições de trabalho.

Segundo Lázaro Binjola, secretário-geral do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA), na quarta-feira realizou-se um encontro com o ministro da Justiça e Direitos Humanos, Francisco Queirós, "mas nessa reunião não se avançaram soluções credíveis daquilo que são as preocupações dos oficiais de justiça".

Lázaro Bijala disse ainda ao Novo Jornal Online que a maior parte dos oficiais de justiça estão há mais de 25 anos na mesma categoria e que não recebem subsídio de deslocação.

"Os oficias de diligência não recebem subsídio, e na maioria das vezes, realizam diligencias para notificar os réus e declarantes tirando dos seus míseros salários".

O sindicalista mostra-se preocupado com situação da transição do vínculo provisório para o vínculo definitivo, em que muitos oficiais de justiça que ingressaram no ministério, no concurso público de 2005, estão sem as respectivas nomeações.

"Estamos a exigir que a entidade empregadora resolva as nossas situações para não tornar mais difícil a bandeira que assumimos com o combate à corrupção e contra a impunidade", explicou.

O ministro da Justiça e Direitos Humanos, Francisco Queirós, em declarações aos jornalistas, considerou "justas" as reivindicações dos trabalhadores, manifestando abertura para o diálogo.

De referir que esta greve dos oficiais de justiça vai paralisar os serviços de emissão de B.I., registos criminais, casamentos, julgamentos, solturas, bem como os registos de óbitos e nascimentos.