Os indivíduos detidos foram, segundo o comandante local da PN, superintendente Victorino Sapalo, foram apanhados em flagrante delito e na posse de milhares de quilos do minério em questão.

O Moxico é uma das províncias angolanas para onde se prolonga, como ficou claro no Plano Nacional de Geologia (Planageo) parcialmente divulgado em 2017 pelo Governo, a famosa "copperbelt", uma extensa área abundante em cobre que é já hoje abundantemente explorada na Zâmbia e no Katanga, República Democrática do Congo (RDC).

Ainda segundo o Planageo, Angola tem no seu território cerca de 100 mil quilómetros quadrados desta faixa de cobre a que ainda não foi dedicado o investimento necessário para a sua mineração, excepto pelo garimpo ilegal, a que a PN está agora a procurar controlar.

Segundo a PN do Alto Zambeze, citada pela Angop, os garimpeiros ilegais detidos, e os que se puseram em fuga, tinham na sua posse 80 sacos de 25 quilos com minério recolhido no local, deixando claro que esta actividade não é novidade na região, tendo em conta que a abundância de cobre na região, inclusive para lá das fronteiras com a Zâmbia e a RDC, é há muito conhecida.

Para além do cobre, a PN apreendeu, na aldeia de Caibanga, a cerca de 110 quilómetros da sede municipal, Cazombo, equipamento de extracção de cobre e um tractor.

O superintendente Sapalo disse que vai ser intensificada a Operação Transparência naquela região para impedir a continuação do garimpo de cobre e controlar a imigração ilegal, embora não tenha sido divulgada a nacionalidade dos detidos, que foram encaminhados para o Ministério Público.

A Operação Transparência foi despoletada a 25 de Setembro e já levou cerca de 380 mil cidadãos da RDC a deixarem Angola, especialmente nas províncias da Lunda Norte e Lunda Sul, onde, na sua esmagadora maioria, se dedicava ao garimpo ilegal de diamantes.