O crime, que aconteceu no município de Caconda, província da Huíla, ocorreu depois de o homem ter acorrentado a criança a um boi que a arrastou ao longo de vários quilómetros.
Segundo Luís Filipe Zilungo, o progenitor terá ficado chateado com a filha pelo facto da menor não lhe ter obedecido à ordem para não ir para a rua.
"O acusado, que se encontra em prisão preventiva, confessou a autoria do crime durante os interrogatórios, dizendo que quando se ausentou de casa para tratar de alguns assuntos na rua orientou os filhos para que ninguém saísse durante a sua ausência. Quando regressou a casa descobriu que a menor não cumpriu as orientações dele", explicou o inspector-chefe.
"Para castigar a filha o pai amarrou a menor a um boi e fez com que o animal se pusesse a correr. A criança foi arrastada pelo animal até perder a vida", explicou.
O responsável salientou que a PN teve contacto com está ocorrência através de uma denúncia anónima.
"Recebemos a denúncia e fomos ao local com os efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC). Encontrámos o corpo da menor ensanguentado no quintal de casa e o progenitor às voltas sem saber o que fazer", afirmou.
"Naquele momento, o homem foi detido e encaminhado para o Serviço Provincial de Investigação Criminal (SPIC) para o primeiro interrogatório judicial".
O oficial fez saber ainda que o homem se mostrou arrependido durante o interrogatório no departamento de investigação criminal e garantiu que queria repreender a filha, não tirar-lhe a vida da filha.
Ele (o detido) disse que não quis matar a sua própria filha, apenas utilizou aquele método para a repreender, para que não voltasse a fazer a mesma coisa", disse.
Luís Filipe Zilungo afirmou que o homem está ser indiciado pelo crime de homicida culposo.
"Ele (o presumível homicida) já foi encaminhado para o Ministério Público (MP) e está ser indiciado pelo crime de homicídio culposo pelo facto de a menina morrer por negligência e imprudência do progenitor", atestou.