Esta situação é mais grave na Rua D, adjacente à Av. Deolinda Rodrigues, embora os alagamentos sejam, como o Novo Jornal Online verificou numa ronda feita pelo bairro, visíveis um pouco por todo o lado.

"Essas ruas foram reabilitadas há três anos. Não entendemos como é que já estão a surgir estes problemas no sistema de abastecimento de água", lamentam alguns moradores contactados no local.

"Na rua G existe uma ruptura por reparar há quase um ano", mostrou Tilson da Piedade, morador na zona do Palanca há mais de 28 anos, afirmando ainda que a situação não é só nas ruas principais, mas também nas travessas e no fontanário da rua D.

Os moradores garantem que já recorreram várias vezes à administração distrital para resolver o problema, mas os esforços efectuados não têm surtido efeito.

"Acredito que a administração do Palanca não está interessada em melhorar a situação do bairro", denunciam os moradores, mostrando por que não conseguem circular pelas ruas D, e Zero por causa das águas pútridas e cheiros nauseabundos.

Vala "assassina"

Os moradores garantiram ao Novo Jornal Online que a vala adjacente à rua D já vitimou muitos cidadãos, principalmente jovens lavadores de carros que insistem utilizá-la como ganha-pão.

Belão Duarte, morador na zona do Palanca há mais de 20 anos, diz que a situação tornou-se complicada após a ausência da empresa de construção civil que efectuava trabalhos na vala.

"Ninguém esclarece nada sobre esta vala a céu aberto. Já encontramos vários corpos na vala. A empresa que efectuava trabalhos aqui desapareceu há bastante tempo, essa situação está a constituir um enorme perigo para os nossos filhos", acrescentou.

Belão Duarte sublinhou ainda que as principais vítimas são os lavadores de carro. "Não faço ideia de quantos lavadores de carro já morreram nessa vala, o Governo tem que ver esta situação, caso o contrário vamos continuar a assistir a vários episódios mortais".

Outra moradora, Marica Domingos, lamentou que na semana passada um jovem tenha sido atirado na vala por delinquentes.

Contacto pelo Novo Jornal online, o administrador para a Área Técnica e Serviços Comunitários, Euclides Cristóvão, disse que os trabalhos nas ruas do Palanca devem ser bem estudados, porque algumas ruas estão asfaltadas e a EPAL não se responsabiliza pela destruição do tapete asfáltico.

"Estamos a trabalhar no sentido de corrigir estes problemas. A EPAL tem o conhecimento deque se passa, creio que não há razão alguma para as queixas dos moradores, até porque já começamos a dar solução em algumas ruas", garantiu.

Perante esta situação, o administrador do distrito, Pascual Fortunato, garantiu ao Novo Jornal Online que administração não é responsável pela situação da vala.

"Este assunto da vala cabe ao Governo central. Nem faço ideia da razão da paralisação da obra na vala, embora saiba que a mesma esta ser executada no nosso distrito, mas o responsável é o Governo central", concluiu o responsável.