A informação sobre o aparecimento dos seis homens do mar angolanos foi avançada pelo consulado de Angola em Ponta Negra, Congo-Brazzaville, adiantando que os pescadores foram encontrados na comunidade piscatória de Ogooue, e depois transportados para Port Gentil, no Gabão.

O regresso dos seis homens a Cabinda, sua província de origem, está previsto para os próximos dias, segundo a mesma fonte, estando, para isso, a decorrer conversações entre as autoridades gabonesas e a representação diplomática angolana em Libreville.

Os pescadores desaparecerem a 30 de Outubro quando, em plena faina, a sua embarcação foi apanhado por uma tempestade que a deixou sem motor.

Sem motor e sem capacidade para mover a embarcação, de fabrico artesanal, na direcção de regresso a Cabinda, os pescadores foram obrigados a improvisar para sobreviverem, graças a bidons de 25 litros usados para água para durar os normais três dias de pesca.

Foram arrastados pelas correntes durante mais de duas semanas, tendo o representante do consulado angolano em Ponta Negra, Elísio Ndonga, avançado à Angop que o relato da sua sobrevivência foi pautado pela enfatização da fé como ferramenta da sua sobrevivência, bem como a determinação e a vontade férrea para sobreviver e voltarem a ver as suas famílias.

Os sobreviventes são: Emílio Mbouangui, Mateus Beia, Casimiro Luemba, Sebastião Simba, Tomás Ndongo e António Gomes Pucuta.