A Lektron Capital, de Manuel Domingos Vicente e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior "Kopelipa", consta da lista divulgada na quinta-feira pela PGR, onde figuram empresas constituídas com fundos públicos e com recurso a empréstimos concedidos pela Sonangol.

No âmbito da lei de fomento do empresariado privado angolano, A Elektron Capital contraiu um empréstimo de USD 125 milhões ao Estado angolano, via Sonangol, para entrada no capital social do Banco Económico, herdeiro do Banco Espírito Santo Angola (BESA), criado em finais de 2014.

A directora, em declarações à Rádio Nacional de Angola, explicou que quando a PGR recebeu esse processo tinha duas opções, atacar o património da própria empresa ou fazer o arresto das participações sociais, tendo optado pela última em função da importância do Banco no sistema financeiro, de modo a forçar os devedores a reembolsarem os valores emprestados.

Quanto à empresa Geni AS, de Leopoldino Fragoso do Nascimento, que contraiu um empréstimo de 53,2 milhões de dólares, Eduarda Rodrigues explicou que desde que a PGR desencadeou o processo de recuperação desses valores, os accionistas da empresa manifestaram o interesse em pagar o valor equivalente em kwanzas, com os respectivos juros, tendo a empresa inclusive dado uma ordem de pagamento, mas para uma conta contrária àquela em que deveria ser paga.

"Então eles anularam essa ordem. A qualquer momento, o Estado angolano irá receber esses valores, a diferença do valor total", disse.

Além da Elektron Capital e da Geni SA, estão neste processo de regularização de dívidas contraídas junto do Estado as fábricas de tecidos Mahinajethu-Satec, a Alassola-África Têxtil, e a Nova Textang II, bem como a fábrica de cimentos FCKS e a Biocom.