A Segurança Rodoviária relativa ao período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2019, segundo a Polícia Nacional, indica que morreram nas estradas angolanas 2.327 pessoas, menos 100 do que no mesmo período de 2018.

A informação foi transmitida aos jornalistas na abertura da primeira sessão extraordinária da Comissão Executiva do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Transito (CNVOT).

"A questão do trânsito rodoviário em Angola ainda é uma das grandes preocupações do Executivo, embora no ano transacto tenhamos registado uma ligeira diminuição das situações de sinistralidade rodoviária", referiu Paulo de Almeida.

O comissário-geral salientou que os acidentes não devem ser uma preocupação unicamente das autoridades de viação e trânsito, porque "começa a ser um problema de moralidade pública, um problema de civismo, de educação".

"A educação rodoviária tem que começar a partir da base, da infância, das nossas escolas, para que em adultos possamos já ter consciência, para vermos e distinguirmos o que é o mal e o que é o bem", disse, acrescentando que esta realidade "é uma vergonha" porque os números da tragédia nas estradas nacionais teimam em não baixar para valores que se possam considerar normais.

No entender do número um da Polícia Nacional, as políticas de prevenção rodoviária devem ser moldadas o mais depressa possível.

"Vamos ter de rever as nossas políticas, vamos ter de nos empenhar cada vez mais, e pensamos que este ano temos de dar sinais de progresso. Vamos incidir muito em questões como exames multimédia, exames escritos, para sairmos da situação tradicional dos exames orais que muitas vezes têm mais componentes subjectivos", afirmou, lembrando que a Polícia Nacional deve insistir na inspecção das viaturas porque existem muitos veículos em mau estado técnico em circulação nas estradas e nos mercados.

"Vamos insistir e ver se concretizamos a inspecção das viaturas, notamos que muitas das viaturas que circulam nas nossas praças, nas nossas rodovias, estão em mau estado técnico", disse.

"Temos de deixar de construir caminhos, para construir estradas largas, estradas que dêem maior estabilidade, segurança e com a sinalização competente e adequada. Temos de ter uma capacidade melhorada na fiscalização no estado das pessoas, sobretudo, as vias públicas", descreveu.