Clinton Dongala Carlos, de 16 anos, Mabiala Rogério Ferreira Mienandi "Kilson", 18, João de Assunção Eliseu, 20, Altino Holandês Afonso, 15, Jesus Tonga Candeeiro, 23, Pedro Nzinga Filipe Nkau, 16, José Kilamba Rangel, 23, António Domingos Vulola, 21, Mário Palma Romeu, 14, Nagilson Miguel Cassanga, 17, e Inocêncio de Matos constam da lista de estudantes que perderam a vida em consequência de crimes de homicídios praticados, supostamente, por efectivos da Polícia Nacional (PN), entre os meses de Março e Novembro deste ano.

Contagem paralela do Novo Jornal estima que, só este ano, pelo menos 30 cidadãos, 90% dos quais menores de 30 anos, tenham sido mortos por agentes durante intervenções da Polícia. A maioria, de acordo com relatos das famílias, era estudante dos ensinos médio e universitário.

João de Assunção Eliseu, José Rangel e António Vulola, por exemplo, frequentavam o médio e estavam ansiosos, segundo familiares, para ingressar na universidade.

Já Inocêncio de Matos, jovem assassinado no dia 11 de Novembro durante uma manifestação, supostamente também por efectivos da PN, frequentava o 3.º ano do curso de Ciências da Computação na Universidade Agostinho Neto.

"Um adolescente, que já estava prostrado no chão, ferido, foi baleado no rosto; outro foi morto quando a Polícia disparou contra um grupo de amigos que jogavam num campo. Clinton foi baleado nas costas, Altino foi atingido com um tiro no estômago, mesmo à porta de casa, já Mário, o mais jovem entre as vítimas (tinha 14 anos), foi atingido na cabeça", revela um relatório produzido pela Amnistia Internacional e pela OMUNGA.

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