Alguns comerciantes desvalorizam a subida dos preços, afirmando que já é hábito, nesta época do ano, as coisas subirem em Luanda.

No entanto, Saddy Mustafá, gerente de uma panificadora, no Cazenga, alertou para a subida do preço do pão nos próximos dias - o saco de 50 kg estava a ser comercializado a 8.500 e está agora a ser vendido a 11.100 kwanzas -, caso as autoridades competente não travem esta onda do aumento dos preços.

"Parece que não há trigo em Angola, as coisas estão a subir dia após dia, então o preço do pão vai mesmo aumentar daqui a pouco", disse o comerciante.

Também o saco de arroz de 25 kg aumentou, sendo agora comercializado a 6.000 kwanzas, quando antes custava 5.300 kz.

O saco de feijão de 25 kg, que era vendido a 12.200 kz, agora custa 12.500, assim como a caixa de massa de alimentar, cujos preços variavam entre os 2.200 e 2.400 kz, estando agora a ser comercializados entre os 2.600 e os 2.800 kz.

A caixa de óleo vegetal de 12 litros sofreu uma subida de preço de mais de 150%, de 2.400 para 6.000 kz.

Também nos frescos houve subida de preços, com a caixa do peixe choupa de 10 kg, que antes custava 5.000, agora a ser vendida a 8.950 kwanzas.

Já a caixa de peixe corvina de 10 kg passou de 11.000 para 13.200 kz, enquanto a caixa de peixe makayabu (bacalhau seco) de 10 kg subiu 1.600 kwanzas, ou seja, passou de 24.000 a 25.600 kwanzas.

A caixa de carapau de 20 kg passou de 22.000 para 25.500 kz, a de 30 kg de 26.000 para 28.900 kz.

A caixa de coxa de frango de 10 kg passou de 5.200 a 7.850 e a de 15 kg passou de 8.000 para 10.500 kwanzas.

A caixa de Asa de frango e de entrecosto de 10 kg subiu 1.000 kz, ou seja, a de asas de Frango saiu dos 9.000 para os 10.000 kz, enquanto a de entrecosto subiu dos 9.500 para 10.500 kwanzas.

Zeca Mentes, cliente, disse ao NJOnline que se o Governo não travar esta especulação com urgência, o sofrimento das famílias, em Luanda e no País, vai aumentar.

Outro comerciante explicou que, fruto deste aumento, muitas famílias estão a ter dificuldades em adquirir os produtos da cesta básica no final do mês, face aos baixos salários.

"Enquanto permanecerem os baixos salários, a população vai sofrer, vamos voltar a viver como se ainda estivéssemos no início da crise económica", disse Adão Domingos, também comerciante.