O conselho foi emitido ontem, 21, pelo Foreign and Commonwealth Office (FCO), do Governo do Reino Unido, no qual são desaconselhadas viagens não-essenciais para as províncias de Cabinda (excepto a capital, Cabinda) e Lunda-Norte.

Na sua página na Internet, o FCO não adianta motivos específicos para estas recomendações, mas os cidadãos do Reino Unido são ainda aconselhados a evitar a presença em manifestações e concentrações políticas em Angola.

No enclave de Cabinda é conhecida a pretensão independentista local, inclusive com grupos armados activos, enquanto a Lunda-Norte concentra a produção angolana de diamantes, com a detenção semanal de dezenas de pessoas encontradas no garimpo ilegal, situação agravada no último ano pela presença de milhares de refugiados da República Democrática do Congo naquela província do leste.

O alerta, sem previsão de data para ser levantado, refere ainda o "elevado nível de criminalidade" em Luanda, aconselhando os cidadãos do Reino Unido a não circularem durante a noite na cidade.

O aviso do FCO recorda igualmente que as autoridades de saúde do Reino Unido classificaram Angola como apresentando risco de transmissão local do vírus Zika.