As localidades de Nzeto, Tomboco, Soyo, MBanza Kongo, Cuimba e Nóqui deixaram de depender da energia comprada à RDC há mais de quarenta anos, com base num acordo de cooperação entre os dois países, que custava mais de 20 mil dólares norte-americanos por mês aos cofres do Estado.

Um comunicado do Ministério da Energia e Águas dá conta de que a Subestação Eléctrica do Nóqui, localidade situada na zona fronteiriça com a República Democrática do Congo, a cerca de 155 km de Mbanza Congo, capital da província do Zaire, tem uma potência de 10 MVA. Na sequência deste investimento foram instalados também 13 postos de transformação.

No dia 10 de Dezembro foram inauguradas subestações em Tomboco, Cuimba e MBanza Kongo, o que permite, segundo a nota do ministério, que os "habitantes ganhem autonomia no acesso à energia da rede pública nacional e deixem de fazer recurso à compra de combustível para geradores, que cobriam o défice que condicionava a disponibilidade de energia eléctrica 24 sobre 24 horas".

O Executivo tem como metas para o período 2018-2022 a melhoria dos níveis de acesso à energia eléctrica e à água potável e, consequentemente, da condição de vida das famílias das zonas rurais do interior, que passa necessariamente pela construção de infraestruturas e instalação de equipamento que garantam a recepção e distribuição da energia limpa e barata gerada nos principais centros de produção hidroeléctrica do Ciclo Combinado do Soyo.

Os técnicos da ENDE estão no terreno a efectuar as ligações domiciliares, refere por último o comunicado.