Ao NJOnline, o director de comunicação do Ministério do Interior, intendente Mateus Rodrigues, disse que os acusados agiram a mando de um chefe, que também já se encontra detido e cujo nome não foi revelado.

"Ele (o líder da gangue) mandava os seus rapazes realizar os assaltos e roubos das viaturas, e depois desmanchavam e vendiam os acessórios", disse, acrescentando que os detidos modificavam as características de algumas viaturas para posterior comercialização.

"A maioria dos assaltos eram com recurso a armas de fogo dos tipos AKM-47 e pistola e com ameaça de morte", revelou o oficial, adiantando que os crimes ocorreram nos meses de Novembro e Dezembro do ano passado.

Mateus Rodrigueses avançou ainda que os últimos roubos praticados pelo grupo aconteceram nos territórios operacionais do Cazenga, no interior dos quintais de residências e nos bairros dos Ossos e Nguanha.

"Eles (os detidos) confessaram a autoria dos crimes praticados e o modus operandi que utilizavam para praticar os assaltos e roubos", acrescentou o responsável.

Já o porta-voz do SIC-Luanda, Fernando de Carvalho, questionado pelo NJOnline sobre o aparente aumento de crimes em Luanda, sobretudo nesta fase inicial do ano, garante que se trata de uma percepção errada.

"Não significa que os crimes aumentaram ou que a criminalidade ganhou maior dimensão em Luanda", disse, classificando as últimas ocorrências como "crimes esporádicos".

O responsável lembrou que "hoje temos muita informação de certos casos porque as pessoas ganharam a cultura de participar à polícia".

Fernando Carvalho sublinhou ainda que o SIC-Luanda tem feito um esforço titânico para tentar diminuir o índice de criminalidade em Luanda.

"O meliante todos os dias tem sempre um modus operandi, e nós, todos os dias, temos de ir ao encontro constante dos mudus operandis que eles utilizam. Daí que dê a percepção que a criminalidade em Luanda está a aumentar", sustentou.