Como o NJOnline noticiou na quarta-feira, uma patrulha da PN, o resultado letal da operação policial contabilizava cinco mortos, inicialmente apontados como autores do furto de uma viatura no Zango, tendo a polícia seguido o carro porque este estava equipado com GPS, até ao Sambizanga, onde teve lugar o confronto e o tiroteio.

As primeiras informações da PN, citada pela Angop, apontavam para um acolhimento da patrulha policial a tiro por parte dos assaltantes, tendo resultado em cinco mortos no local.

Todavia, soube-se agora, e a PN confirma, um dos mortos era um homem de 34 anos que nada tinha a ver com o crime e foi morto apenas porque estava no local, a Rua 12 de Julho, naquele momento, cerca das 22:00.

Para apurar as circunstâncias em que o homem foi morto a tiro, segundo o director de comunicação do Ministério do Interior, intendente Mateus Rodrigues, existe um inquérito a decorrer.

Mateus Rodrigues disse ao NJOnline que a presunção que existe é a de que "a vítima foi apanhada no fogo cruzado", revelando que o Serviço de Investigação Criminal (SIC) abriu um inquérito para apurar em que circunstâncias o homem foi baleado.

"Existe um inquérito a decorrer, fizemos as investigações e concluímos que o homem é inocente e que não fazia parte do grupo dos assaltantes", esclareceu, salientando que os quatro elementos que foram alvejados pelos efectivos da PN, têm todos antecedentes criminais.

Mas subsistem dúvidas sobre a forma como o homem de 34 anos acabou morto, tendo uma testemunha dos acontecimentos, devidamente identificada, garantido que este foi baleado intencionalmente por um agente policial.

Segundo o seu relato, ao sair de uma casa, o homem deparou-se já com três cadáveres no chão, tendo tentado deixar o local quando foi interpelado por um polícia que não aceutou como válidas as suas garantias de que não era um dos assaltantes, tendo sido abatido depois de ter sido mandado ajoelhar, apesar de gritar insistentemente que nada tinha a ver com o grupo.