Em declarações à Angop, Júlio Bango assumiu que a empresa não tem verbas para recuperar os equipamentos vandalizados por munícipes e tem feito um esforço para manter os comboios operacionais.

O administrador dos CFL mostrou ainda preocupação com o elevado número de acidentes na linha férrea, devido "à negligência por parte de alguns peões", e que "está na base do atropelamento de 25 pessoas por locomotivas do Caminho de Ferro de Luanda (CFL), das quais 16 morreram no local, e nove ficaram gravemente feridas, de Janeiro a Outubro do corrente ano".

O responsável apelou aos cidadãos para que respeitem a sinalização ao longo do traçado ferroviário e pediu o fim da actividade comercial ao longo da linha, de forma a evitar as mortes.

Já o director do gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do CFL, Augusto Osório, em declarações ao NJOnline, no dia 13 deste mês, disse que a constante vandalização dos comboios, principalmente no troço Boavista até à passagem de nível da Cuca, tornam mais difícil o trajeto Luanda/Malanje.

"Infelizmente, a população invade o espaço legalmente constituído para o Caminho-de-ferro para outras actividades que colocam em causa a segurança dos comboios e das pessoas".

"O CFL e as administrações e a polícia trabalham juntos na prevenção e repressão mas verificamos que as coisas continuam", referiu.

De acordo com o porta-voz do CFL, os constantes apedrejamentos aos comboios, para além de danificarem os vidros e as carruagens, também têm como resultado ferimentos graves dos passageiros, maquinistas e revisores dos bilhetes.

Augusto Osório informou ainda que os pontos onde se registam os acidentes são entre as estações do Bungo (Ingombota) e Musseques (Rangel).