O caso ocorreu na província do Bié, no bairro São José, nos arredores da cidade do Cuíto, no dia 7, por alegadas questões passionais.

A informação foi avançada ao NJOnline pelo porta-voz do Comando Provincial do Bié da Polícia Nacional (PN), superintendente-chefe António Hossi, que garantiu que a PN teve informação deste caso por denúncia feita pelos familiares da vítima.

"Recebemos a denúncia deste caso no mesmo dia e procedemos à detenção em flagrante do suspeito", disse, acrescentando que o detido disse, durante os interrogatórios, que teve problemas com a vítima e partiu para a agressão, declarou.

"Ele (o detido) alegou que se desentendeu com a namorada e partiu para agressão, acabando por asfixiar mortalmente a jovem até à morte", afirmou o oficial.

António Hossi salientou que o acusado já foi encaminhado ao Ministério Público (MP) e também já foi legalizada a prisão.

"Ele (o suspeito) já foi ouvido pelo magistrado do MP junto do SIC-Bié, e está a aguardar o julgado em regime fechado", atestou.

Segundo o colectivo "Ondjango Feminista", no ano passado houve 62 mil casos de violência contra as mulheres, o que configura "a maior violação de direitos humanos em Angola".

Nos últimos dias, têm sido muitas as mulheres a recorrer às redes sociais, como o Facebook, para deixar mensagens de repúdio a outros casos de violência doméstica, começando ou terminando as mensagens com a frase "Parem de nos matar".

O protesto chegou também à Assembleia Nacional, onde as parlamentares, todas vestidas de branco, se levantaram, independentemente do partido que representam, para dizer a uma só voz que basta de violência contra as mulheres.