A ZAP garante que a actualização de preços que implementou em Fevereiro cumpriu os requisitos legais.
Em causa está a decisão da operadora de televisão por satélite ZAP ter aumentado de forma unilateral o preço dos serviços que oferece na área da televisão por satélite, medida que o INACOM considerou uma violação à Lei.
Em comunicado, a Zap afirma que tem mantido com a entidade reguladora do sector, de forma proactiva, um diálogo regular e construtivo sobre o impasse gerado à volta destes aumentos.
Segundo a Zap, decorrem negociações com o INACOM para se encontrar uma solução equilibrada e sustentada, que permita à operadora "encontrar soluções para a continuidade da empresa e para a prestação de um serviço de qualidade e satisfação aos seus clientes".
No mesmo comunicado, a empresa afirma que apresentou ao INACOM um recurso na sequência da notificação que recebeu, tendo esta reclamação efeito suspensivo das medidas anunciadas pelo regulador, que consistiam em multa e reversão do processo de actualização de preços.
Como o NJOnline noticiou na ocasião, a ZAP, apontou as dificuldades financeiras criadas pela desvalorização da moeda nacional, como razão para os aumentos dos preços nos serviços fornecidos e que estes seriam efectivados progressivamente porque, face às dificuldades "no pagamento a fornecedores externos" de canais, ela é "essencial" para manter a qualidade dos serviços que presta.
Sublinhando que, enquanto operadora de televisão por satélite, os canais que compõem a sua grelha "são comprados internacionalmente" bem como "pagos montantes elevados" pelos direitos de transmissão, a ZAP informava na altura que não lhe foi permitido, nos últimos dois anos, "ajustar os preços".