Obstáculos como "má interpretação" da Lei n.º 15/14, de 31 de Julho, lei que rege os direitos de autor e conexos, e "o não-licenciamento de empresas e organizações artísticas" continuam a "condicionar" o normal funcionamento da Sociedade Angolana de Direitos de Autor (SADIA), que ainda não atingiu metade da receita financeira que prevê arrecadar e distribuir aos autores, até final do ano, mais de 200 milhões kwanzas. A informação foi prestada ao Novo Jornal pelo consultor técnico daquela organização, Lucioval Gama.

"A SADIA tem cobrado os direitos autorais, nomeadamente em rádios, televisões, supermercados, festas e plataformas de streaming. Desde o princípio do ano até à presente data, já arrecadámos mais de 13 milhões Kz", revelou.

Não foi um valor tão alto [para quem prevê atingir mais de 200 milhões Kz ao ano], admite o responsável, "porque ainda temos usuários [entendam-se instituições que utilizam obras de outrem para fins diversos] a fechar contratos".

Os treze milhões Kz arrecadados foram distribuídos a 120 autores, na categoria de espectáculo.

Para Agosto, segundo ainda Lucioval Gama, far-se-á uma nova distribuição de receitas arrecadadas nas categorias de streaming, televisão, shows, restaurantes e shoppings, que poderá atingir 800 autores a nível nacional. O responsável fez saber que actualmente estão inscritos na SADIA 1.750 autores, 85% dos quais ligados à música, 8% à literatura e 7% a outras áreas.

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