Uma das razões para esta melhoria das expectativas da AIE é a forte possibilidade de o elevado preço do gás natural, por causa das sanções ocidentais à Rússia, conduzir a uma substancial transferência de consumidores do gás para o crude.

Mas os dados mais recentes de fortes melhorias da economia chinesa, que começa a livrar-se, aparentemente de vez, dos confinamentos da Covid-19, também estão a contribuir para esta melhoria do preço do barril de Brent, que estava hoje, perto das 15:15, hora de Luanda, a valer 98,47 USD, mais 1,34% que no fecho de quarta-feira, mas chegou a valer ligeiramente acima de 99 USD.

Entretanto, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), no seu relatório mensal hoje divulgado, sublinha que o barril deve valorizar 2,7% nos próximos tempos devido ao crescimento acentuada da economia global.

Neste documento, a OPEP, que Angola integra desde 2007, prevê que no próximo ano, a procura ultrapasse os 102,7 milhões de barris diários graças à China, Rússia e Índia.

No entanto, para esse ano, o "cartel" estima uma baixa ligeira para 100,3 milhões por dia.

Este sobe e desce do valor do barril é fundamental para Angola porque o seu PIB depende em perto de 35 das suas exortações que respondem ainda por 95% do total exportado pelo País e é o crude que ainda vale perto de 60% das receitas fiscais que garantem o funcionamento do Executivo.