Com esta queda acentuada de 5,12%, para os 93,2 USD, perto das 14:40, hora de Luanda, o Barril de Brent, sendo comportamento semelhante do WTI, em Nova Iorque, que valia, à mesma hora, 87,2 USD, menos 4,9%, soma já, no mês de Agosto, perdas superiores a 20%, o que é uma notícia para dar dor de cabeça ao Governo angolano, que ainda tem no petróleo 75 das suas exportações, 35% do PIB e perto de 60% das suas receitas fiscais.

Por detrás desta quebra no viço dos mercados petrolíferos estão os dados preocupantes oriundos da China, com o Banco Central a cortar nas taxas de juro dos empréstimos para incentivar a procura face à substantiva diluição do crescimento no gigante asiático.

Estas perdas de vigor na economia chinesa é resultado das restrições à mobilidade por causa da Covid-19 e a crise no imobiliário que parece estar para durar, apesar das medidas fortes aplicadas pelo Governo de Pequim.

A situação é de tal modo grave que os números referentes à refinação no país estão a cair para níveis idênticos aos de Março de 2020, o pico da gravidade da crise pandémica.

Mas uma apreciação recente da moeda norte-americana, que ainda é a moeda franca do negócio global de crude, também está a contribuir para este espremer do valor do barril, que fica mais custoso na moeda nacional dos países importadores.