A entrega das propostas para as licitações das bacias terrestres do Baixo Congo e do Kwanza, que deveria terminar esta quarta-feira, viu o prazo alargado por um mês "a pedido das empresas".

Em comunicado, a ANPG informa que além do prazo alargado, será revisto o valor da quota de participação destas licitações, inicialmente no valor de um milhão de dólares, que concede acesso ao pacote de dados das nove bacias sedimentares do Baixo Congo e do Kwanza, onde se estima estarem pelo menos 500 milhões de barris de crude à espera de serem extraídos.

As empresas interessadas, refere a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis no comunicado, solicitaram o alargamento do prazo, para melhor conhecimento do dossier, dos dados que contém e também para o esclarecimento de dúvidas com os técnicos da ANPG.

"A ANGP decidiu também rever o valor do "entrance fee" (taxa de participação) nestas licitações. Contudo, o pacote de dados relativo a ambas as bacias continua a ter de ser adquirido pelas empresas interessadas", lê-se no comunicado.

"A covid-19, que continua a afectar a economia mundial, desestabilizou igualmente o mercado dos hidrocarbonetos, e a ANPG, que desde a sua criação se assume como motor propulsor da actividade petrolífera em Angola, optou por ouvir as sugestões do empresariado nacional e dos investidores estrangeiros sobre a revisão do valor do "entrance fee" para facilitar a entrada no sector de novos intervenientes", reforça o documento.

O concurso público para a licitação 2020 dos Blocos CON1, CON5 e CON6 (Bacia Terrestre do Baixo Congo), e dos Blocos KON5, KON6, KON8, KON9, KON17 e KON20 (Bacia Terrestre do Kwanza) foi lançado no dia 30 de Abril.

Entre os requisitos para o acesso ao pacote de dados das bacias petrolíferas terrestres do Baixo Congo e Kwanza constam a idoneidade e a capacidade técnica e financeira dos potenciais investidores.