As assinaturas dos autos de adjudicação referentes à privatização das participações do Estado nos três empreendimentos do sector industrial e dos cinco projectos agro-pecuários aconteceu esta quinta-feira, 01, no Ministério das Finanças.

Em representação do Executivo, o secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, disse que a conclusão destes processos de privatização "é um importante testemunho da confiança dos investidores no futuro da economia, em particular do sector agro-indústria".

"O programa de Privatização irá prosseguir, apesar das actuais circunstâncias desafiantes da economia, e vai cumprir o seu papel quanto à mudança de paradigma e redução da presença do Estado na economia", referiu.

Segundo Ottoniel dos Santos, o Programa de Privatizações (PROPRIV) está a fazer com que o sector privado seja "mais forte e robusto, capaz de criar mais oportunidades de emprego".

Ottoniel dos Santos incitou os investidores nacionais e estrangeiros a participar nos concursos que decorrem, bem como nos que serão lançados brevemente.

Já o administrador e CEO do Grupo BIH Angola, Philipe Frédéric, empresa que detém agora 100 por cento dos activos das fábricas Cuca, N"gola e Eka, disse aos jornalistas que o seu grupo vai criar mais postos de trabalho e investir mais nas fábricas.

Quanto aos postos de trabalhos, Philipe Frédéric não avançou números, mas assegurou que os investimentos serão de milhões de dólares.

António Vide, coordenador geral da fazenda Pungo Andongo, em Malanje, disse que a fazenda vai ser reabilitado e ampliada para dar oportunidades de emprego aos jovens.

Patrício Vilar, o coordenador adjunto do Programa de Privatizações (PROPRIV) e PCA do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado, disse esperar que as empresas privatizadas dêem novas oportunidades de emprego a juventude.

Para este ano, segundo Patrício Vilar, o Executivo irá igualmente desfazer-se das suas participações nas empresas do sector financeiro, nomeadamente o BCI, a ENSA, o BAI e o Banco Caixa Geral Angola.

De acordo com Patrício Vilar, o Estado prevê ainda colocar em bolsa, este ano, duas empresas de telecomunicação: TV Cabo Angola e Multitel.