Neste ataque foram incendiadas 164 casas, segundo a polícia da República de Moçambique (PRM), que afirma que este grupo armado será o que resta de um bando maior, suspeito de ter decapitado dez pessoas há uma semana.

A província de Cabo Delgado tem sido alvo de ataques de grupos radicais armados, de origem islâmica, desde Outubro de 2017, que têm causado um sem número de mortes e deslocados.

Um estudo divulgado em Maio, em Maputo, menciona a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, provenientes de países a norte, como algumas das raízes da violência.

RDC ofereceu apoio a Moçambique

A República Democrática do Congo (RDC) vai apoiar Moçambique a combater os grupos armados que têm atacado civis em distritos da província de Cabo Delgado, no norte do país, anunciou o comandante-geral da Polícia moçambicana, Bernardino Rafael.

Segundo o "Notícias" de Maputo, citado pela agência AIM, a disponibilidade foi manifestada ao comandante-geral da Polícia de Moçambique, Bernardino Rafael, pelo seu homólogo congolês, Dieudonne Amuli, à margem da reunião dos chefes de Polícia da SADC, que decorreu recentemente em Luanda.

No encontro também participou o comandante-geral da Polícia da Tanzania, Simon Nyankoro Sirro, com quem a Polícia moçambicana já tem acordos de cooperação para o combate ao radicalismo nos distritos de Mocímboa da Praia, Palma, Nangade e Macomia.

"Moçambique está, há oito meses, com este problema. A RDC há dois anos e a Tanzânia há sensivelmente um ano e meio. Tivemos um primeiro encontro em Luanda, onde cada um dos Estados percebeu melhor o que está a acontecer com este fenómeno. Uma segunda reunião está agendada para breve, de modo a alinhavarmos posições para melhor combater estes malfeitores", disse Bernardino Rafael, citado pela Angop.