Passados alguns dias li no Jornal de Angola uma entrevista minha da autoria de Gustavo Costa, inteligentemente tecida. Falámos mais tarde sobre o assunto amigavelmente e iniciámos uma relação que foi crescendo com o tempo.

Tive muito boas amizades que fui perdendo, umas pela lei da morte, outras pelas curvas da vida. A Amizade Gustaviana foi diferente, sempre dilatada na espuma dos tempos e entrelaçada nas múltiplas dimensões da nossa vida angolana. Com muita cumplicidade à mistura.

Naturalmente convidou-me para colaborar no projecto do Novo Jornal logo de início. Amizade alimentada por longas conversas recheadas de bom humor, como na última, na véspera do trágico acidente, perante a dor dos momentos que estamos a viver no nosso sofrido país.

Conversa em que abordámos o seu último trabalho que saiu na Revista do Expresso de hoje, e do texto que queria escrever para a edição do Novo Jornal também de hoje.

Conversa que terminou com a sua sonora gargalhada: "estou sozinho aqui no "hospital da covid", apenas com 40 camas vazias e milhares de mosquitos". Já tenho saudade da tua gargalhada!